sábado, 15 de dezembro de 2018

Fomos Voar - 15/09/2018


            Lisboa 15 de Setembro de 2018
Despertamos calmamente pelas 08:30, numa profunda ansiedade em relação ao dia e ao que nos esperava.
Às 09:15 entramos numa acolhedora pastelaria lisboeta, e deliciamo-nos com a famosa bica e o ainda mais pastel de nata.
Entretanto, lá fomos nós de encontro ao nosso Piloto, o Comandante Nuno Costa, que pelas 10:30 nos brindou com um caloroso sorriso, como que a nos tranquilizar para o momento que se aproximava.
Pelo caminho, e dado a fome avassaladora que nos perseguia, fomos “obrigados” a parar no MacDonald’s para digerir um pequeno-almoço reforçado.
Cerca das 12:15, depois de uma breve e agradável paragem em Carcavelos, com direito a um relaxante passeio junto ao mar, chegamos ao Aeródromo Municipal de Cascais, onde pelas 12:25 iniciámos os procedimentos para acesso à Zona Ar do Aeródromo.
Almoçamos no Restaurante do Aeródromo, e pelas 13:45, enquanto tomávamos a bica da praxe, fizemos um pequeno briefing sobre a rota, sobre o alternante e outros aspectos importantes do nosso voo.
Às 14:00 e com os nervos à flor da pele, entramos na Zona Ar do Aeródromo de Cascais, no qual se encontrava estacionado o pequeno Cessna 152 com a matrícula G-CIJS.
De seguida, e seguindo o manual de procedimentos, o Comandante Nuno procedeu à verificação da documentação necessária para que o voo fosse autorizado e procedeu ao Pre-flight check.
Entramos no pequeno 152 e uma agradável sensação de missão quase cumprida, percorreu-nos o corpo, de tal forma que o tempo pareceu querer parar, o que infelizmente não aconteceu.
Cumpridas as formalidades necessárias, e ao som de Clear Prop, cerca das 14:55 o engasgado motor do Charlie India Juliet Sierra ganhou vida, e as rotações estabilizaram como que a adivinhar que todas seriam necessárias para a nossa descolagem, o que veio a acontecer minutos depois de alinharmos na Pista 17.
Take off trust set, airspeed alive, e lá fomos nós de encontro aos 55 nós necessários para que Homem e Máquina se confinassem num só sonho há muito procurado. Voar.
A rotação foi feita de forma suave levando o nariz do pequeno 152 a elevar-se nos céus em direcção ao Cabo da Roca, onde nos esperava uma densa camada de nuvens que nos obrigou uma pequena alteração de planos.
Afinal, voar não é assim tão simples, excepto para aqueles seres vivos que nasceram com esse dom e preparados para encarar o Mundo dum plano superior.
O regresso antecipado deu-se pelas 14:25, quando o trem de aterragem do Cessna rosnou ao tocar no solo, rolando tranquilamente para o local onde havíamos saído.
E prontos. Passou tudo tão rápido que mal tivemos tempo de desfrutar todos os momentos.
Mas o ciclo da vida é mesmo assim, composto por momentos contínuos e impossíveis de repetir da mesma forma e feitio.
O nosso especial agradecimento ao Comandante Nuno Costa, por nos ter dado a oportunidade e a honra de nos levar a voar através das suas mãos.











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