Despertamos calmamente
pelas 08:30, numa profunda ansiedade em relação ao dia e ao que nos
esperava.
Às 09:15 entramos numa acolhedora
pastelaria lisboeta, e deliciamo-nos com a famosa bica e o ainda mais pastel de
nata.
Entretanto, lá fomos
nós de encontro ao nosso Piloto, o Comandante Nuno Costa, que pelas 10:30 nos brindou
com um caloroso sorriso, como que a nos tranquilizar para o momento que se
aproximava.
Pelo caminho, e dado a
fome avassaladora que nos perseguia, fomos “obrigados” a parar no MacDonald’s
para digerir um pequeno-almoço reforçado.
Cerca das 12:15, depois
de uma breve e agradável paragem em Carcavelos, com direito a um relaxante
passeio junto ao mar, chegamos ao Aeródromo Municipal de Cascais, onde pelas 12:25
iniciámos os procedimentos para acesso à Zona Ar do Aeródromo.
Almoçamos no
Restaurante do Aeródromo, e pelas 13:45, enquanto tomávamos a bica da praxe, fizemos
um pequeno briefing sobre a rota, sobre o alternante e outros aspectos importantes
do nosso voo.
Às 14:00 e com os
nervos à flor da pele, entramos na Zona Ar do Aeródromo de Cascais, no qual se
encontrava estacionado o pequeno Cessna 152 com a matrícula G-CIJS.
De seguida, e seguindo
o manual de procedimentos, o Comandante Nuno procedeu à verificação da documentação necessária
para que o voo fosse autorizado e procedeu ao Pre-flight check.
Entramos no pequeno 152
e uma agradável sensação de missão quase cumprida, percorreu-nos o corpo, de
tal forma que o tempo pareceu querer parar, o que infelizmente não aconteceu.
Cumpridas as formalidades
necessárias, e ao som de Clear Prop, cerca
das 14:55 o engasgado motor do Charlie India Juliet Sierra ganhou vida, e as
rotações estabilizaram como que a adivinhar que todas seriam necessárias para a
nossa descolagem, o que veio a acontecer minutos depois de alinharmos na Pista
17.
Take
off trust set, airspeed
alive, e lá fomos nós de encontro aos 55 nós necessários para que Homem
e Máquina se confinassem num só sonho há muito procurado. Voar.
A rotação foi feita de forma suave levando o nariz do pequeno 152 a elevar-se nos céus em direcção ao
Cabo da Roca, onde nos esperava uma densa camada de nuvens que nos obrigou uma
pequena alteração de planos.
Afinal, voar não é
assim tão simples, excepto para aqueles seres vivos que nasceram com esse dom e
preparados para encarar o Mundo dum plano superior.
O regresso antecipado deu-se
pelas 14:25, quando o trem de aterragem do Cessna rosnou ao tocar no solo, rolando
tranquilamente para o local onde havíamos saído.
E prontos. Passou tudo
tão rápido que mal tivemos tempo de desfrutar todos os momentos.
Mas o ciclo da vida é
mesmo assim, composto por momentos contínuos e impossíveis de repetir da mesma
forma e feitio.
O nosso especial
agradecimento ao Comandante Nuno Costa, por nos ter dado a oportunidade e a
honra de nos levar a voar através das suas mãos.
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